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  • Writer's pictureNivaldo C Oliveira Jr

SOLIDARIEDADE FRATERNA





Solidariedade, manifestação de atenção para com o próximo, expressão fraterna, cristã, de desprendida cooperação, entendendo que todos somos irmãos e estamos passando por necessária tarefa de evolução moral.


Por que nos é tão difícil adotar essa prática de amor?


Por que ficamos ainda tão presos às garras da vaidade, evitando estender ajuda ao próximo?


A quantos por quês ainda deveremos responder, até que nos livremos dos efeitos do egoísmo, da cupidez e do orgulho?


Enquanto continuamos tão arraigados aos valores materiais, em obsessiva busca da riqueza, não sentimos nenhuma motivação para pesquisar valores mais transcendentais.


Nossos sentidos, tão pouco expandidos, não nos permitem ver além da diminuta dimensão das necessidades pessoais, tampouco escutar o descompassado batimento de um coração apertado. Não aspiramos por valores mais nobres nem nos arrepiamos diante das misérias humanas, apreciando tão somente a satisfação de nossos gozos.


Voltados que estamos para a satisfação das exageradas necessidades da vaidade, entregamo-nos aos excessos. Vangloriamo-nos pelo esforço diante de um trabalho desgastante, de uma vida de sacrifícios, acreditando que estamos trabalhando para os outros e não para nós mesmos. Em geral, não percebemos que a maior caridade a ser praticada é para com nós mesmos, até porque o bilhete de acesso às dimensões mais altas será pelo resultado do que tenhamos realizado de bem ao próximo. A maior riqueza a ser acumulada será a soma de todas as ações de ajuda fraterna que pudermos realizar.


É comum ouvir-se, como exemplo da necessidade de renovação para novas conquistas, que só será possível guardar novas roupas no armário se as antigas forem doadas. Expandindo essa ideia bem singela aos valores pessoais, só será possível adquirir a verdadeira essência interior quando trocarmos os desejos de absorver bens materiais pela doação da solidariedade fraterna.


Toda conquista material aumenta os valores externos, mas não preenche nossos espaços internos.
Se só nos é possível oferecer aquilo que temos armazenado, então está claro que a riqueza maior a ser conquistada deva ser a de nossos valores internos.

Os valores da riqueza não estão aqui sendo negados, muito menos a importância dos bens materiais, ambos fundamentais para o desenvolvimento da humanidade. Novamente, porém, fica o alerta de que o apego demasiado aos bens materiais distribui de forma desproporcional os efeitos positivos da riqueza. Inegável que cada um receba de acordo com seu trabalho de dedicação e esforço, mas, também, que o máximo possível de criaturas precisariam ser atendidas em suas necessidades básicas – saúde, educação, alimentação, segurança. Estariam assim dignificados os resultados positivos da riqueza.


E o que falta para o atendimento mínimo a essas necessidades básicas de sobrevivência?


Como ciclo não virtuoso, voltamos ao início de tudo, à falta de solidariedade fraterna. O ser humano ainda não foi despertado para a realidade da existência de outras dimensões. É como se todos fôssemos “minhocas”, sempre nas profundezas da terra, longe da influência da luz solar.


Não nos permitimos sequer cogitar de que existam vidas fora dessa realidade que enxergamos e acreditamos poder dominar.


Lembremos comentário recente do ex-presidente dos EUA, Barack Obama (período 2009-2017), sobre não se poder manifestar em relação à existência de extraterrestres: “Os EUA têm vídeos sobre OVNIs, estou falando sério”.


E por que será? Afinal, quais seriam as reações da população, se defrontada com a existência de outros habitantes, de outras civilizações, que também ocupam espaço neste imenso Universo?


Se na natureza nada se dá aos saltos então, afinal, tudo vem no seu devido tempo e hora, da mesma forma que a capacidade de conhecimento do ser humano.

Haverá, sim, o momento em que o esforço na obtenção só dos bens materiais não mais irá motivar a razão de viver. Haverá, sim, o momento em que haveremos de alevantar os olhos da alma, respeitando o pulsar de nossos sentimentos, para aspirar por novos objetivos. Nesse instante, compreenderemos o real objetivo da existência da vida que Deus nos concedeu.


Praticaremos, então, a solidariedade fraterna?

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