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Writer's pictureNivaldo C Oliveira Jr

CONTROLE ESPIRITUAL




Ouça à narração do texto ao lado.


No livro Caminho, Verdade e Vida, uma das mensagens de Emmanuel - Domínio Espiritual, refere-se à postura de total equilíbrio com que Jesus se portou, diante de todo aquele cenário de extrema violência no dia do Calvário. Em nenhum momento teve outra atitude e comportamento que não fosse e aceitação e de muito amor para com todos que o agrediam. Sua lição de domínio espiritual é profunda e imperecível.


Reporto-me a essa mensagem para refletir sobre o atual momento delicado por que passa o mundo e nós, muito especialmente, que vivemos no Brasil. A lição de Jesus nos revela a necessidade de sermos “nós mesmos” diante das situações complicadas que teremos de enfrentar, buscando manter a consciência tranquila e a confiança na Justiça Divina.


Será que, como novatos aprendizes do Evangelho, e diante deste cenário conturbado da atualidade, estamos conseguindo manter o equilíbrio emocional para o desejado controle espiritual?

Busquemos avaliar como está nosso comportamento, mesmo diante de situações corriqueiras no dia a dia: nas reações que temos em relação aos familiares, notadamente neste período de confinamento, ou naquelas em decorrência dos noticiários sempre carregados de tanta virulência.


Vivemos hoje alguns paradoxos, tais como:


a deturpação do uso das redes sociais, a ponto de verificar-se que o excesso de informação e a limitada clareza desta estão gerando novo tipo de analfabetismo: hoje as redes se tornaram espaço para o debate público de qualquer assunto, sobrepondo a “emoção” à “razão” e passando por cima de uma análise crítica válida;

não dar o devido valor ao muito querido médico Dr. Bezerra de Menezes, em uma de suas comunicações, falando sobre a mediunidade, que nos alerta: “enquanto não se voltar para a sua própria intimidade, o homem não cogitará com seriedade da Vida em suas múltiplas dimensões”.

E sobre a mediunidade, predicado latente em qualquer ser humano, será que já a consideramos uma capacidade que nos acompanha em todos os instantes da vida?


Ademais, como está o trabalho de instruir e de socorrer, atitudes essenciais para o desenvolvimento da espiritualidade?


Será que nosso compromisso com a espiritualidade só acontece quando estamos trabalhando voluntariamente em uma casa espiritualista?


Sem dúvida que ainda somos aprendizes a caminho do entendimento carregando muitos desvios morais. Entretanto, se o tempo de convivência nos relacionamentos com nossos semelhantes é a oportunidade para exercitar a aceitação e desenvolver a benevolência, o quanto já evoluímos?


Lembremos de que a reencarnação é meramente uma nova oportunidade para refazerem-se os relacionamentos do passado.

O professor e filósofo Mario Sergio Cortella, sempre com precisas observações, muito oportunamente nos diz: “a gente não nasce sabendo e vai se gastando; a gente nasce nãosabendo e vai se fazendo”.


Notemos que essa afirmativa traduz o sentido prático da reencarnação, conforme afirmativa de Kardec: “nascer, viver, morrer, renascer e progredir sempre, tal é a Lei.” A reencarnação, portanto, é uma questão de justiça.


E se estamos todos em nossos devidos lugares, junto à família e aos relacionamentos necessários, e no momento certo para o aprendizado, o que devemos questionar é de como está nosso aproveitamento.


Avaliemos então:


· Por que a tendência que temos de justificarmo-nos de tudo perante os outros e perante nós mesmos?


· Toda justificativa íntima é uma negação a você mesmo; é justificar para não fazer;


· Ao justificar, eu “renuncio-me”, e como negação, interrompo meu desenvolvimento;


· Você não se dá ao direito de experimentar, não se permite ter um contato real com a espiritualidade;


· Você tem tempo para você? Quanto tempo você investe em ... você? Afinal temos tempo para os outros...


· Queremos, mas não fazemos por merecer, o contato com a espiritualidade: lembrar que toda e qualquer iniciativa deverá vir de dentro para fora.



Afinal, já que não renascemos prontos, pois se assim fosse já viveríamos em outras dimensões superiores, como é que estamos “nos fazendo”?


O barco de nossas vidas, que está em águas tão revoltas, tem em seu comando a vontade divina? Confio nela? Ou minha ligação espiritual e o uso da mediunidade só estão presentes durante as atividades na casa espiritual que frequento?


Sem dúvida que a distância que nos separa de Jesus – “perdoe, Pai, eles não sabem o que fazem” – é incomensurável, mas ... e a distância em relação ao comportamento entre nós e a grande maioria, qual é?


Incorporamos realmente a compreensão de que cada um está em um grau de evolução, e que agir como “eu mesmo” significa não se deixar envolver emocionalmente com as energias da negatividade?


O alerta do Dr. Bezerra de Menezes é fundamental: “Não conteis com facilidades nem reconhecimento dos homens; o materialismo resistente e o descaso da Ciência pelas coisas do espírito ainda demorarão a ser superados. Enquanto não se voltar para a sua própria intimidade, o homem não cogitará com seriedade da Vida em suas múltiplas dimensões”.

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