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  • Writer's pictureNivaldo C Oliveira Jr

CRISES





Ouça à locução do texto ao lado


É característica da vida em nosso mundo a ocorrência, de tempos em tempos, de crises que, com maior ou menor intensidade, afetam famílias, comunidades e mesmo países. Ao lembrar-se de crise, é comum vir à lembrança marcantes situações desagregadoras da normalidade, nas diversas instâncias:


· Saúde: a grande mexida geral provocada pelo vírus COVID-19;


· Economia: sempre lembrada a grande depressão americana, iniciada em setembro de 1929; e, claro, os tempos recessivos que estamos vivendo hoje;


· Política: além de lamentáveis duas guerras mundiais, temos também a ocorrência de sucessivos golpes e de desmandos entre os que deveriam primar pelas relações de convivência;


· Moral: ainda nos encontramos distantes dos valores e normas de conduta exemplificados pelo Cristo, que, aliás sofreu a ingratidão, a ironia e um suplício em sua última passagem na Terra.


Elencar, portanto, as tantas crises ocorridas, não seria difícil. O que continua sendo não devidamente entendido é que todas as vidas na Terra experimentarão as mesmas situações de dificuldades como parte das experiências necessárias, uma vez que a crise é que define o futuro.


É conhecida a necessidade de o carvão receber muita pressão para transformar-se em diamante. Como caminho de evolução, igualmente acontece com a terra e o arado; a árvore e a poda; a ovelha e a tosquia, bem como ao homem conduzido à luta.


O Mestre, após a crise da cruz, recebeu a bênção eterna da Ressureição. Talvez se possa argumentar que Ele estava ciente das dificuldades pelas quais iria passar, de acordo com os desígnios do Criador. Sim, é verdade.


Mas, e quanto a nós, não estávamos nós também cientes, antes de reencarnar,do caminho tortuoso pelo qual deveríamos trilhar, de modo a ir eliminando as “tranqueiras” acumuladas ao longo de muitas existências?

Será mesmo que sabíamos? E como é que não nos lembramos?


Ainda bem que nos foi dado o esquecimento, notadamente das razões pelas quais o caminho a ser percorrido não seria muito fácil. Ainda não conseguimos aceitar o papel que toda crise - na verdade as muitas ocorrências que vão se alternando durante a vida - como oportunidade para a renovação espiritual.


Espiritual, sim, uma vez que toda a bagagem material acumulada ficará retida quando da ocorrência da morte do corpo físico. Porém, como ainda nos apegamos demasiadamente aos desejos materiais, não abrimos espaço para poder ampliar o campo espiritual. Para isso ocorrer, para expandir a consciência e admitir que as crises são necessárias como impulso de elevação, é preciso que se tenha esperança.


Esperança, o substantivo. Esperançar, o verbo, no sentido de animar-se, estimular-se. Mas será que, normalmente, sabemos conjugar este verbo no tempo futuro?


Quando navegamos pela vida sob um céu “de brigadeiro” e com o mar em calmaria, é muito difícil dar atenção às necessidades do espírito. Já com carregadas e escuras nuvens fechando o céu, e o mar começando a revolver-se, isto é, diante das dificuldades, muito provavelmente buscaremos ajuda no campo espiritual. Nada errado nisso, muito ao contrário, pois que buscar ajuda faz parte e é sempre oportunidade de aprendizado e renovação.


Pois bem, receita recebida após a consulta solicitada.


E agora, qual será nosso comportamento?

Quando o médico do corpo físico receita o medicamento a ser tomado em dosagem e por tempo determinado, obedecemos.


E no caso do atendimento espiritual, quando recebemos como tratamento, por exemplo, ampliar a atenção e redobrar esforços para modificar as atitudes diante dos outros e perante a vida?


E quando nos recomendarem, por exemplo, de “não falar mal dos outros”; “ouvir mais e falar menos”; “dedicar tempo para leituras edificantes”, ou “realizar algum trabalho voluntário”?


Isso se não nos sugerirem – a fim de que tenhamos força e enfrentemos a crise - buscar o “desenvolvimento da mediunidade”.


E então? A exemplo do atendimento médico para superar a crise física, teremos vontade e dedicação para dar atenção as causas do espírito?


Relembro aqui a mensagem de Emmanuel: “quando te encontrares em luta imensa, recorda que o senhor te conduziu a semelhante posição de sacrifício, considerando a probabilidade para a tua exaltação”.


Ou seja, toda crise é fonte sublime de renovação espiritual. Que não venhamos a perder a esperança, certo?

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