Neste espaço que vimos montando, já comentamos sobre a força dos pensamentos e seu alto nível de vibração. O médico Dr. Inácio Ferreira (1904 – 1988) alerta que são três os efeitos provocados por eles: força, cor e cheiro.
Mas, se o pensamento, espécie de energia “condensada”, tem força, então como avaliar a ação que as palavras, espécie de energia “ativa”, provocam? Quais os seus efeitos?
Talvez sejam do conhecimento do leitor os testes realizados pelo fotógrafo e escritor japonês Masaro Emoto (1943 – 2014), que executou experiências com a água, submetendo-a ao pensamento humano; segundo o pesquisador, as palavras ou os pensamentos fazem com que as moléculas de água se comportem de formas diferentes.
Submetidas a palavras positivas ou sons agradáveis e suaves, as moléculas apresentavam-se dispostas de forma harmônica e colorida; já quando submetidas a vibrações notadamente depreciativas, o resultado era totalmente oposto.
Imaginemos, então, o efeito sobre o ser humano - cujo corpo é constituído por 70% de água - das mensagens a que é submetido em todos os momentos da vida.
Não nos esqueçamos de que cada um, como ser único, está vibrando energeticamente em seu próprio padrão, portanto absorvendo com maior ou menor intensidade a emissão dessas ondas.
Esta reflexão origina-se, em função de um dos textos de Emmanuel – o livro Pão Nosso, FEB, 1966 – intitulado “Más Palestras”, em que ele discorre sobre o efeito devastador da conversação menos digna, daquela que deixa sempre um traço de enfermidade por onde passou. E certamente não precisamos recorrer muito à memória para lembrar, tanto em quantidade como em intensidade, as más conversas que temos ouvido ou até mesmo de que temos participado.
Sem dúvida estamos passando por tempos difíceis, com sérias crises na área da saúde, descontroles no campo econômico e grandes dificuldades de harmonização política, gerando em consequência muita ansiedade e discórdia, porta aberta para manifestações de insatisfação e aumento da agressividade.
Hoje os variados canais de comunicação que permitem livre manifestação, associados à elevada instabilidade emocional, acarretam o agravamento do grau de desespero, descontrole e pouca paciência dentro dos relacionamentos pessoais.
Se os pensamentos produzem elevadas doses de energia, que podem manifestar-se através de palavras carregadas de tensão, quanto de sentimentos inferiores não está sendo reativado a partir do escaninho de nossas emoções?
Somos hoje o resultado da soma de todas as personalidades que desenvolvemos nas muitas existências passadas. Trazemos, nesse somatório de experiências, uma grande bagagem acumulada de pensamentos e emoções certamente nada elevados, razão pela qual a Divina Providência proporciona seu esquecimento.
Se, ao passar por determinada situação – como, por exemplo, visitar um local, ouvir determinada música ou assistir a algum filme – ocorre-nos de sentir o despertar de alguma sensação, física ou emocional, boa ou ruim, como se determinada gaveta interior fosse aberta, é possível avaliar o quanto essa “pressão” atual poderá fazer aflorar muitas daquelas emoções reprimidas.
Volto a citar o Dr. Inácio Ferreira que, em seu livro – Egos em conflito, LEEP, 2016 – demonstra como o passado, que ainda vive dentro de nós, influencia-nos nas decisões do presente e tenta, em seu aspecto negativo, interferir em nossa caminhada para o futuro.
Já chegando ao fim do presente capítulo, seja-me permitido este “momento de reflexão”, a título de pausa para realinhamento das ideias: sabemos que somos um espírito ocupando determinado corpo físico;aceitamos que já passamos por diversas existências, desenvolvendo igualmente várias personalidades; como nossas ações em muitas dessas existências não foram tão positivas, é-nos dado o esquecimento como forma para melhor enfrentar e resolver antigas desavenças; sabemos também que o pensamento tem elevado poder de força, cor e cheiro;
e que as palavras carregam doses de energia, que poderão ter o efeito de harmonizar ou desagregar relacionamentos e finalmente que, diante de determinada situação, é possível trazer para o consciente antigas sensações, até então recolhidas, embora latentes;
Portanto, diante da instabilidade do cenário atual, no qual a falta de controle emocional acaba por exacerbar as reações individuais com a consequente criação de campos mentais altamente destrutivos, será importante evitar-se o medo, buscando o controle dos pensamentos, dos sentimentos e das emoções, que voltados para a dimensão maior estarão semrpe protegidos pelos amigos do mundo espiritual.