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  • Writer's pictureNivaldo C Oliveira Jr

COMUNICAÇÕES



Ouça ao áudio do texto no quadro ao lado


A doutrina espírita, que apresenta a reencarnação como o mais adequado caminho para o processo de evolução do espírito, inclui também a possibilidade de comunicação entre os habitantes dos dois planos. Assim os encarnados recebem informações do mundo espiritual, quando então são reforçados os princípios e valores do Evangelho de Jesus.


Porém, normalmente menos estudada é a comunicação possível entre os próprios encarnados.


Nada estranho que tal tipo de comunicação ocorra, como aliás está anotado em Atos, 16:9, quando “Paulo tem a visão de um pedido de ajuda de um varão da Macedônia”. Ou seja, Paulo encarnado vê à sua frente a materialização de um espírito igualmente encarnado.


A doutrina espírita nos diz que a mediunidade é uma faculdade do espírito e que todos que estamos neste planeta Terra a possuímos. É ferramenta de trabalho, disponível àqueles que tenham interesse e disposição para estudar, desenvolvendo assim as possibilidades de comunicação, e não só entre os dois mundos.


Entende-se a mediunidade não como privilégio para os poucos “iniciados”, aliás, que ocorreu no passado com os egípcios,mas uma faculdade como, por exemplo, são a inteligência e a memória.

É-nos oferecida como real oportunidade para o resgate de eventuais débitos passados e, muito mais, como porta de entrada para a busca do autoconhecimento.


Normalmente ficamos interessados em utilizá-la nos fenômenos ligados à visão, às sensações ou à escrita que os irmãos desencarnados possam mostrar, tanto na descrição da vida no mundo espiritual em que habitam, como nas publicações voltadas para a educação e o esclarecimento.


Ou seja, usamos a mediunidade como ferramenta de ajuda ao próximo, sem dúvida uma atitude sempre benemérita, mas cuja ação está voltada para o exterior. Sendo a mediunidade essa faculdade inerente ao ser humano, portanto algo que ele possui permanentemente, convenhamos que seria um desperdício que ela fosse “acionada” tão somente nas atividade espirituais de que participássemos. Em outras palavras, “pegamos a ferramenta” para ir trabalhar na casa espiritualista, lá a utilizamos, guardando-a em seguida até a próxima atividade.


A exemplo das reflexões anteriores que, independentemente da ajuda que se possa fazer ao próximo, o que é sempre louvável atitude cristã, fundamental é entender a grande importância de o trabalho ser voltado também para cada um de nós, para o nosso desenvolvimento como espírito, pois que este, reencarnado, está aqui para evoluir.


Com todo o desenvolvimento que a humanidade já atingiu, porém sem ignorar as grandes diferenças socioeconômicas ainda existentes, já é possível perceber, ou pelo menos intuir, que nada na natureza acontece simplesmente. Percebe-se haver em todos os campos do conhecimento, digamos, um certo “comando central”, um controle que interliga toda a realidade – nos campos mineral, vegetal, animal e hominal.


Então, por que não seria a mediunidade uma ferramenta utilizada para unicamente ajudar ao próximo?


Porque ela é, principalmente, uma faculdade voltada para o autodescobrimento. Portanto, deverá ser estudada e utilizada para o pleno desenvolvimento do espírito, ou seja, para que cada um efetivamente possa descobrir-se.


Se a mediunidade está em nós, se faz parte de nossa essência, então quando estamos trabalhando, ou em reunião, ou andando pelas ruas, ou seja lá onde for, estamos com ela e poderemos, até inconscientemente, dela nos utilizar.

Imaginemos uma equipe médica, atuando em um centro cirúrgico para determinada operação. É muito provável que haverá um número bem maior de desencarnados igualmente envolvidos com essa equipe. E isso ocorrerá quer a equipe acredite ou não na existência de um mundo extra físico.


Sem que essa equipe médica necessariamente tenha consciência, seus membros estarão usando de suas mediunidades no exercício profissional, assim como você faz, caro leitor em suas atividades habituais, e assim como eu, ao registrar essas ideias do grupo espiritual que está comigo. Todo esse intercâmbio entre as duas realidades – o mundo físico e o mundo espiritual – acontece em todos os locais e situações.


Portanto, a mediunidade, com seu amplo leque de manifestações – psicografia, vidência, etc. – é faculdade de comunicação também entre encarnados e encarnados, desde que eles se achem aptos a isso. Com o tempo, certamente essas possibilidades de comunicação serão bastante ampliadas.


Mediunidade, muito mais do que viabilizar a manifestação entre os dois mundos, é faculdade a ser estudada e desenvolvida.


E para isso, é preciso que você venha a conhecer-se.

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