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  • Writer's pictureNivaldo C Oliveira Jr

ARAR, PLANTAR e COLHER




Tal como nos afazeres do homem do campo, que entende e atende aos tempos de arar, plantar, muito cuidar e esperar para colher, assim deve ser também a atenção para o cotidiano de cada um de nós. Com vigilância, entender, respeitar e cuidar do trabalho a ser executado no devido tempo.


Num mundo com tantas provas a que somos submetidos e expiações por que devemos passar, todas são invariavelmente resultantes dos desacertos e desatenções das vidas passadas.


Questiona-se o motivo da não recordação dessas vidas pregressas, de vez que seria aparentemente mais fácil entender os compromissos para com as devidas reparações. Outros buscam provas reais, com manifestações vivas dessas existências anteriores, não acreditando na ligação entre as duas realidades que coexistem intimamente: mundo material, em que vivemos, e plano espiritual, que não podemos ver.


Ainda não afeitos à ideia da existência de vidas em todas as dimensões do Universo, apegam-se às necessidades de sobrevivência deste mundo, daquilo que pode ser visto e sentido, daquilo que é palpável.


Apegados apenas ao aqui e agora, fatalmente descuidam-se dos relacionamentos, provocando como consequência a desarmonia em seu campo de vibração. Parecem não se dar conta de terem sido criados para vivenciar múltiplas oportunidades de conhecimento e para experimentar inúmeras situações de busca do crescimento interior.


Diante de tantas desigualdades entre as criaturas e de tanta violência afetando relações sociais, desequilíbrio econômico e tensões políticas, fica-nos difícil entender, muito menos aceitar, que cada existência destina-se à busca do aprendizado. Esta vida deve ser encarada tanto como uma escola – para o desenvolvimento pessoal, quanto como um hospital – para a harmonização dos sentimentos.


Relembrando a mensagem do poeta de que “a vida é a arte do encontro, embora exista tanto desencontro pela vida”, convém reforçar que o maior desses desencontros se dá entre nossos próprios pensamentos, sentimentos e emoções.

Ainda não nos conhecemos intimamente, embora saibamos do aviso: “conheça-te a ti mesmo”. Ainda não nos permitimos sentir a manifestação da nossa criança interior, muita vez a responsável por tantos de nossos desequilíbrios. Ainda não estamos habituados a nos abraçar, a nos acolher, a sentir o batimento do coração e o pulsar dos desejos, ansiedades ou temores.


Será então que, se nos fossem mostradas como em tela de cinema algumas das cenas de nossas muitas vidas anteriores, seria mantido o equilíbrio emocional, necessário para entender e aceitar os compromissos para a devida reparação?


Que tipo de cenas seriam mostradas, ou seja, de que comportamento e forma de ser iríamos tomar conhecimento?


A Lei de Ação e Reação, no campo da física, é aceita com naturalidade, mas como deve ser aplicada no campo de nossas atitudes?


Quantos desatinos não teríamos cometido, afetando muito fortemente a nós mesmos?


Se pretendemos colher amanhã o resultado positivo do nosso trabalho, é necessário ter plantado no ontem sementes saudáveis para que germinem bem, não sem antes o campo fértil dos nossos sentimentos ter sido devidamente arado.


Portanto, se ainda hoje enfrentamos dificuldades em nossas vidas, se temos problemas nas áreas da saúde e financeira ou nos relacionamentos, é fundamental refletir sobre como estamos manuseando a enxada e a picareta para arar nosso mundo interior.

Seguramente deveremos encontrar muitas ervas daninhas e pragas, que com certeza precisarão ser removidas.


Trabalho demorado a ser feito, mas que de forma pessoal e intransferível deverá ser iniciado o mais brevemente possível.


É importante não só ter a certeza de que somos protegidos espiritualmente, como também buscar viver com alegria, pois afinal a vida é dádiva divina. Crescer em sabedoria e amor são as duas asas para novos e amplos voos rumo às muitas moradas na casa do Pai.

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